Estudos realizados pela Universidade Sechenov, em Moscou, capital da Rússia, obtiveram resultados positivos na criação de uma vacina contra o novo coronavírus. A primeira fase de testes, que se iniciou no dia 18 de junho, contou com a ajuda de 18 voluntários. Já a segunda fase, realizada no dia 23 do mesmo mês, teve 20 participantes.
Em entrevista a uma agência de notícias local, Elena Smolyarchuk, chefe do Centro de Pesquisa Clínica em Medicamentos da universidade, afirmou que a pesquisa concluiu que a vacina é segura e os voluntários devem receber alta nos próximos dias.
Segundo a especialista, nenhum participante apresentou efeitos colaterais significativos, o que levará a vacina para a fase três de testes - quando ela será aplicada em um grupo ainda maior de pessoas, entre os dias 12 e 24 de agosto deste ano.
O Ministério da Saúde russo irá supervisionar a última etapa dos testes, através de análises bioquímicas do imunizante. Os pesquisadores esperam que o processo possa ser concluído até o final de setembro, dando início à produção em massa da vacina por laboratórios do país ainda em 2020.
A corrida pela vacina da COVID-19 segue acontecendo globalmente. Além da Rússia, uma série de outros países apresentaram um avanço considerável na busca pela prevenção do novo coronavírus. Porém, até o momento, a passagem para a terceira fase de testes só foi alcançada por outras duas nações: China e Inglaterra.
Pesquisadores da Universidade de Oxford, no Reino Unido, em parceria com o Ministério da Saúde brasileiro, irão realizar a parte final dos testes de seu imunizante em aproximadamente 5 mil pessoas no Brasil, alcançando o número de 50 mil voluntários ao redor do mundo.
Já a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan, em São Paulo, entrou na fase três em junho passado, estimando que cerca de 9 mil profissionais da saúde sejam vacinados em diferentes regiões do país. A análise dos resultados da última fase será determinante para a distribuição da vacina de forma global.
COVID-19: quem corre mais risco de contrair a doença
Conheça sintomas que NÃO são de coronavírus
Entenda o que fazer em caso de suspeita de coronavírus